Exma. Senhora Vice-Governadora para a Área Política, Económica e Social, Dra. Lídia Amaro, em representação de Sua Excelência o Governador da Província de Benguela,
Distintas entidades protocolares que nos honram com a sua presença;
Exmo. Sr. Presidente da Mesa da Assembleia Geral da RACS, Professor Doutor António Almeida Dias
Exmo. Sr. Presidente da Comissão Organizadora da 4.ª rRACS, e Director Geral do ISPB, Professor Doutor Antero Moisés
Exmo Sr. Presidente da Comissão Científica e Magnífico Reitor da UKB, Professor Doutor Albano Ferreira,
Magníficos Reitores, Directores Gerais de IES nacionais e estrangeiras;
Distintos Membros da Direcção e do Secretariado da RACS,
Ilustres académicos nacionais e estrangeiros das diversas Instituições de Ciências da Saúde da Lusofonia,
Prezados Participantes,
Ilustres convidados,
Minhas Senhoras e meus Senhores
Permitam-me, antes de mais, em nome do Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, e no meu próprio, saudar todos os que estão conectados presencial e virtualmente, endereçando os nossos melhores cumprimentos, agradecer pela vossa prestigiosa participação. Igualmente, expresso a nossa satisfação e o nosso agradecimento por tão honroso convite para presidir à Sessão de Abertura desta 4.ª Reunião Internacional da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia.
A realização, pela primeira vez em Angola, de uma Reunião Internacional da Rede Académica das Ciências da Saúde da Lusofonia num momento em que Angola preside a CPLP, desde Julho passado, durante o biénio 2021-2023, é um facto de grande relevância para o nosso país, engrandecido pela participação de distintas personalidades de renomadas instituições de ensino e investigação científica de Angola, Moçambique, Brasil e de Portugal.
Endereço à organização local da RACS, ao ISPB e a todos os que se empenharam e empenham-se com denodo e generosidade para o sucesso deste evento, sinceras felicitações pelo sentido de oportunidade e responsabilidade social.
A nobre e desafiante missão da RACS, posicionada promover a formação e a cooperação científica na área das Ciências da Saúde entre Instituições de Ensino Superior e Centros de Investigação Científica de países e comunidades de língua portuguesa, deve ser por todos nós reconhecida como um catalisador da congregação destas instituições, como um espaço muito privilegiado de intercâmbio de experiências, materializado através de várias acções, sendo a realização de reuniões magnas internacionais, como esta que se realiza neste momento, um bom exemplo.
Minhas Senhoras e Meus Senhores,
A pandemia COVID-19 tem exercido uma forte pressão sobre os sistemas de saúde impondo enormes desafios aos governos que tiveram de encontrar soluções expeditas num ambiente de incertezas. Operaram-se significativas mudanças nas relações interpessoais e nos métodos de trabalho, incluindo no processo de ensino-aprendizagem, com o recurso às tecnologias de informação e comunicação.
Esta forte pressão da pandemia COVID-19 não poupou os diversos países economicamente mais desenvolvidos e com sistemas de saúde mais robustos. Esta é uma constatação que certamente faz com que Estados, governos, instituições e indivíduos sejam obrigados a reflectir e a debater em torno de questões ligadas à saúde pública, para uma melhor preparação para a resposta necessária em futuras situações de crise sanitária.
De igual forma, a pandemia acentuou, ainda mais, a necessidade de reforço do intercâmbio e da cooperação internacional a todos os níveis e, particularmente, no ensino e na investigação científica na área das ciências da saúde. Neste aspecto, a mobilidade no espaço da CPLP conjuga-se com esse propósito e é parte da visão do estado angolano que lidera neste momento esta importante organização representativa dos governos dos países do espaço lusófono. Procuraremos assim empregar esforços para que os nossos docentes e investigadores possam beneficiar de medidas que venham a facilitar a mobilidade académica, para acelerar o desenvolvimento e a criação de conhecimento, contribuindo para as melhores práticas profissionais e para a melhoria das condições de saúde nos países lusófonos.
As Instituições de Ensino Superior (IES), pelas suas características de proactividade e de capacidade para gerar novo conhecimento, como resposta à busca de soluções para os problemas locais, podem e devem ser também agentes activos estáveis na constituição de um ponto de intersecção de todas as vertentes do desenvolvimento. Neste aspecto particular a investigação na área das ciências da saúde, joga um papel relevante. Aliás, as instituições que desenvolvem a actividade de ensino, investigação científica e extensão universitária, tal como o ISPB, a UKB e outras IES locais/nacionais e internacionais, certamente são chamadas a contribuir não apenas no reforço dos seus programas de ensino e acções de extensão universitárias, mas também, e sobretudo, com projectos de investigação científica, acções de discussões temáticas, de onde facilmente podem surgir valiosas contribuições para os desafios do ensino das ciências da saúde.
Chamo a atenção para a realização nos dias 29 e 30 de Novembro/21 da 7ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia durante a qual decorrerá, como evento paralelo, o Primeiro Encontro Nacional de Doutorandos em Angola, onde um número significativo de doutorandos angolanos residentes em Angola e na diáspora irão apresentar os resultados dos seus projectos de investigação científica.
Excelências,
Minhas Senhoras e Meus Senhores
O Ministério do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação de Angola tem envidado esforços para ter Universidades e outras IES que desenvolvam plenamente a sua tripla missão de ensino, investigação e extensão, para a formação de uma massa crítica de discentes, docentes e investigadores científicos capacitados e com competências para actuarem em vários níveis, com vista a fornecer respostas às necessidades das populações.
Por outro lado, a produção científica nacional poderá ser fortalecida a partir do estabelecimento de parcerias estratégicas entre os pares académicos da mesma área de conhecimento dos vários países e com o estabelecimento de uma rede consolidada de relações. De facto, a partilha dos resultados da investigação científica, a transferência de tecnologia e a formação superior de qualidade podem impulsionar um crescimento contínuo e equilibrado entre os países lusófonos.
Esperamos assim que a RACS continue a representar um elo importante no estabelecimento e consolidação dessa cooperação e pela densidade, variedade e actualidade dos temas contidos no programa desta 4ª rRACS, bem como o perfil dos seus prelectores, certamente que contribuirá para o alcance do objectivo preconizado pela Política Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação quanto à formação de recursos humanos e à promoção da cultura científica. A RACS converge em torno do reforço e da ampliação da relação entre os diversos profissionais docentes de várias instituições e discentes da área da saúde em Angola, Brasil, Moçambique e Portugal, durantes estes 3 dias de intenso intercâmbio cultural, académico, científico entre os profissionais dos quatro países.
Termino, felicitando, novamente, todas as instituições que estiveram envolvidas na preparação deste evento, através dos seus dirigentes, docentes, funcionários não docentes e estudantes, bem como a todos os que submeteram os seus trabalhos ao crivo da avaliação pelos seus pares, certamente pautado pelo rigor e por uma atitude científica digna e eticamente salutar.
Encorajo todos a empenharem-se pela melhoria da investigação científica em ciências da saúde, que tem um papel relevante no contributo para o alcance do Objectivo 3 dos ODS, relativo à Saúde e Bem-Estar: “Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades”, para reafirmar o contributo da lusofonia no avanço da ciência ao nível global.
Desejo sucesso no desenvolvimento dos trabalhos desta reunião e declaro aberta a 4.ª Reunião Internacional da RACS.
Obrigada pela vossa atenção!