Historial do ISPB

A criação da PEA – Projectos Educativos de Angola e do ISPB*

A criação do ISPB está indelevelmente ligada aos Benguelenses e à sua tradição de pioneirismo em vários campos da vida económica, social e política de Angola. Benguela foi sempre uma cidade pioneira em múltiplas realizações. Foi a primeira cidade de Angola que teve luz eléctrica, água canalizada e telefone público, telefones esses que serviram mais tarde, para serem usados em Luanda. Foi sempre uma cidade de homens de letras, poetas (Aires de Almeida Santos e Alda Lara), escritores (Augusto Tadeu Bastos, Pepetela) e políticos que se dedicaram à causa nacionalista (Sócrates Dáskalos, Paulo Jorge, Gilberto Teixeira da Silva – Gika, Comandante Kassanje, Dumilde Rangel e outros). Em Benguela se fundou o jornal mais antigo de Angola – “O Jornal de Benguela” e teve a primeira estação emissora de rádio – o Rádio Clube de Benguela – de toda a Angola. Foi também Benguela, a primeira cidade a ter um Jardim-Escola[1].

Com esta tradição pioneirista, não era de admirar que o falecido Governador de Benguela, Dumilde das Chagas Rangel Simões, tivesse o sonho de levantar a bandeira da criação do ensino superior nesta Província[2].

Assim, em Agosto de 1992, aproveitando  a visita do Presidente da República, Eng.º José Eduardo dos Santos, proporcionou-se um encontro com mais de 4.500 finalistas do ensino médio, que apelaram à criação do Ensino Superior na Província. No dia 01 de Setembro do mesmo ano, foram lançadas as bases para a criação do Centro Universitário de Benguela, facto que veio a ser realidade a 30 de Junho de 1993, por via de uma Declaração do então Reitor da Universidade Agostinho Neto, Professor Doutor José Luís Guerra Marques, permitindo a criação do Núcleo Universitário. Emerge, assim, como a primeira instituição de ensino superior nesta província em regime presencial aos 04 de Janeiro de 1994, com uma matrícula de 202 estudantes distribuídos nas Licenciaturas em Ensino de Psicologia, Pedagogia, Matemática, Geografia e História com um efectivo de 19 docentes. A formalização jurídica, nos termos previstos, foi dada por via do Decreto Executivo n.º 03/2001, de 05 de Julho, criando-se o Centro Universitário de Benguela (CUB).

Até em então só existia em Angola uma Universidade Publica (a Universidade Agostinho Neto - UAN). Em 2001, o Governo Provincial de Benguela, tomou a resolução de criar uma Universidade Pública em Benguela, e o consequente alargamento do centro universitário (CUB). Para tal aprovou o Programa de Desenvolvimento do Ensino Superior na Província (PRODESB), que previa a sua execução  em 10 anos e em três fases, sendo a primeira de 2002 a 2004, com custos estimados em nove milhões de euros.

Nesta primeira fase, previa-se a preparação e revisão dos programas curriculares dos cursos existentes de Geografia, História, Psicologia e início dos de Química, Física, Biologia, Línguas Inglesa e Língua Portuguesa, no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED). Nesse período previa-se igualmente a construção e reabilitação de infraestruturas físicas, começando pelo edifício denominado "Cabo Submarino", onde funcionou o “Colégio Alemão” de Benguela e a Delegação Provincial da Cultura, destinado à coordenação do programa, incluindo gabinetes de apoio para uma equipa da Universidade Técnica de Lisboa, que assessoraria o Projecto.

Entre 2005 a 2007 estavam previstos a construção de laboratórios e oficinas, assim como a reabilitação das actuais escolas do terceiro nível Comandante Kassanji (Liceu) e do Comércio, (actual reitoria da UKB), assim como os centros pré-universitário e universitário de Benguela, com investimentos calculados em 26 milhões de euros. No período em referência, estava igualmente previsto a abertura dos cursos de Engenharia Informática, Economia e Gestão, Educação Especial e Administração Pública, que poderiam funcionar em instalações provisórias.

Na terceira e última fase, entre 2008 a 2011, seriam desenvolvidas acções de formação de formadores localmente, incluindo a capacitação e actualização dos docentes em novas técnicas de ensino, com assistência de académicos da Universidade Técnica de Lisboa, sendo necessários quatro milhões de euros.

Entretanto, o Projecto começou a ficar parado por falta de aprovação das verbas o que obrigou à desmobilização dos professores portugueses da UTL. Em consequência, alguns quadros angolanos pertencentes ao PRODESB, decidiram-se a aproveitar todo know-how então acumulado e partir para a criação de uma universidade privada. Dois membros do PRODESB começaram a reunir individualidades, ligadas ao ensino e com capacidade de dinamizar um projecto de ensino superior privado, entre elas a CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, com sede em Portugal, como parceiro internacional e apoiados por Dumilde Rangel fizeram nascer a PEA – Projectos Educativos de Angola, sociedade empresarial privada, a entidade instituidora do actual ISPB.

A PEA redinamizou o projecto e solicitou ao Governo da Província, em 2004, o parecer, sobre o Projecto de criação de uma Instituição de Ensino, denominada Universidade Técnica de Angola – UTA.[3]  O assunto foi levado ao Conselho da Província, que em sessão do dia 10 de Março de 2005, e na base dos fundamentos apresentados foi dado parecer favorável à aprovação do projecto, pelos Órgãos competentes do Governo. Submetido o dossier à apreciação do Ministério da Educação (Direcção Nacional do Ensino Superior), em Abril de 2005. Após análise da Direcção Nacional do Ensino Superior e com a anuência do Ministério foi decidido mudar de nome da futura instituição que passou a denominar-se “Universidade de Benguela”– UB, com sede em Benguela.

 


[1] Ver “Mukanda de Amor para Benguela" por Ernesto Lara Filho

 

[2] Na altura só existia a Universidade Agostinho Neto. E o CUB funcionava à distância com os cursos do ISCED e de Direito, os estudantes tinham que se deslocar a UAN/Luanda para fazer as provas de frequência e exames, e por vezes eram os professores que se deslocavam a Benguela para o efeito, e isto funcionou assim até ao ano 2003.

[3] O nome institucional: Universidade Técnica de Angola, estava infelizmente já ocupado pela UTANG, pelo que se optou por Universidade de Benguela – UB, com que se reiniciou o processo.

A criação da PEA – Projectos Educativos de Angola e do ISPB*

A criação do ISPB está indelevelmente ligada aos Benguelenses e à sua tradição de pioneirismo em vários campos da vida económica, social e política de Angola. Benguela foi sempre uma cidade pioneira em múltiplas realizações. Foi a primeira cidade de Angola que teve luz eléctrica, água canalizada e telefone público, telefones esses que serviram mais tarde, para serem usados em Luanda. Foi sempre uma cidade de homens de letras, poetas (Aires de Almeida Santos e Alda Lara), escritores (Augusto Tadeu Bastos, Pepetela) e políticos que se dedicaram à causa nacionalista (Sócrates Dáskalos, Paulo Jorge, Gilberto Teixeira da Silva – Gika, Comandante Kassanje, Dumilde Rangel e outros). Em Benguela se fundou o jornal mais antigo de Angola – “O Jornal de Benguela” e teve a primeira estação emissora de rádio – o Rádio Clube de Benguela – de toda a Angola. Foi também Benguela, a primeira cidade a ter um Jardim-Escola[1].

Com esta tradição pioneirista, não era de admirar que o falecido Governador de Benguela, Dumilde das Chagas Rangel Simões, tivesse o sonho de levantar a bandeira da criação do ensino superior nesta Província[2].

Assim, em Agosto de 1992, aproveitando  a visita do Presidente da República, Eng.º José Eduardo dos Santos, proporcionou-se um encontro com mais de 4.500 finalistas do ensino médio, que apelaram à criação do Ensino Superior na Província. No dia 01 de Setembro do mesmo ano, foram lançadas as bases para a criação do Centro Universitário de Benguela, facto que veio a ser realidade a 30 de Junho de 1993, por via de uma Declaração do então Reitor da Universidade Agostinho Neto, Professor Doutor José Luís Guerra Marques, permitindo a criação do Núcleo Universitário. Emerge, assim, como a primeira instituição de ensino superior nesta província em regime presencial aos 04 de Janeiro de 1994, com uma matrícula de 202 estudantes distribuídos nas Licenciaturas em Ensino de Psicologia, Pedagogia, Matemática, Geografia e História com um efectivo de 19 docentes. A formalização jurídica, nos termos previstos, foi dada por via do Decreto Executivo n.º 03/2001, de 05 de Julho, criando-se o Centro Universitário de Benguela (CUB).

Até em então só existia em Angola uma Universidade Publica (a Universidade Agostinho Neto - UAN). Em 2001, o Governo Provincial de Benguela, tomou a resolução de criar uma Universidade Pública em Benguela, e o consequente alargamento do centro universitário (CUB). Para tal aprovou o Programa de Desenvolvimento do Ensino Superior na Província (PRODESB), que previa a sua execução  em 10 anos e em três fases, sendo a primeira de 2002 a 2004, com custos estimados em nove milhões de euros.

Nesta primeira fase, previa-se a preparação e revisão dos programas curriculares dos cursos existentes de Geografia, História, Psicologia e início dos de Química, Física, Biologia, Línguas Inglesa e Língua Portuguesa, no Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED). Nesse período previa-se igualmente a construção e reabilitação de infraestruturas físicas, começando pelo edifício denominado "Cabo Submarino", onde funcionou o “Colégio Alemão” de Benguela e a Delegação Provincial da Cultura, destinado à coordenação do programa, incluindo gabinetes de apoio para uma equipa da Universidade Técnica de Lisboa, que assessoraria o Projecto.

Entre 2005 a 2007 estavam previstos a construção de laboratórios e oficinas, assim como a reabilitação das actuais escolas do terceiro nível Comandante Kassanji (Liceu) e do Comércio, (actual reitoria da UKB), assim como os centros pré-universitário e universitário de Benguela, com investimentos calculados em 26 milhões de euros. No período em referência, estava igualmente previsto a abertura dos cursos de Engenharia Informática, Economia e Gestão, Educação Especial e Administração Pública, que poderiam funcionar em instalações provisórias.

Na terceira e última fase, entre 2008 a 2011, seriam desenvolvidas acções de formação de formadores localmente, incluindo a capacitação e actualização dos docentes em novas técnicas de ensino, com assistência de académicos da Universidade Técnica de Lisboa, sendo necessários quatro milhões de euros.

Entretanto, o Projecto começou a ficar parado por falta de aprovação das verbas o que obrigou à desmobilização dos professores portugueses da UTL. Em consequência, alguns quadros angolanos pertencentes ao PRODESB, decidiram-se a aproveitar todo know-how então acumulado e partir para a criação de uma universidade privada. Dois membros do PRODESB começaram a reunir individualidades, ligadas ao ensino e com capacidade de dinamizar um projecto de ensino superior privado, entre elas a CESPU – Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, com sede em Portugal, como parceiro internacional e apoiados por Dumilde Rangel fizeram nascer a PEA – Projectos Educativos de Angola, sociedade empresarial privada, a entidade instituidora do actual ISPB.

A PEA redinamizou o projecto e solicitou ao Governo da Província, em 2004, o parecer, sobre o Projecto de criação de uma Instituição de Ensino, denominada Universidade Técnica de Angola – UTA.[3]  O assunto foi levado ao Conselho da Província, que em sessão do dia 10 de Março de 2005, e na base dos fundamentos apresentados foi dado parecer favorável à aprovação do projecto, pelos Órgãos competentes do Governo. Submetido o dossier à apreciação do Ministério da Educação (Direcção Nacional do Ensino Superior), em Abril de 2005. Após análise da Direcção Nacional do Ensino Superior e com a anuência do Ministério foi decidido mudar de nome da futura instituição que passou a denominar-se “Universidade de Benguela”– UB, com sede em Benguela.

 


[1] Ver “Mukanda de Amor para Benguela" por Ernesto Lara Filho

 

[2] Na altura só existia a Universidade Agostinho Neto. E o CUB funcionava à distância com os cursos do ISCED e de Direito, os estudantes tinham que se deslocar a UAN/Luanda para fazer as provas de frequência e exames, e por vezes eram os professores que se deslocavam a Benguela para o efeito, e isto funcionou assim até ao ano 2003.

[3] O nome institucional: Universidade Técnica de Angola, estava infelizmente já ocupado pela UTANG, pelo que se optou por Universidade de Benguela – UB, com que se reiniciou o processo.

O Projecto da UB baseava-se em princípios modernos e virados para o futuro e logo foi estabelecido que a sua Missão estaria em consonância com a missão das IES, nomeadamente, a de educar, produzir e disseminar o saber universal, preservar e difundir as artes e a cultura, contribuir para o desenvolvimento humano, comprometendo-se com a justiça social, a sustentabilidade socio ambiental, a democracia e a cidadania.

Como seus Objectivos principais foram estabelecidos, os seguintes:

  • Ser parte de rede Serviços Educacionais de abrangência nacional;
  • Formar profissionais qualificados comprometidos com a ética;
  • Ser uma Instituição Aberta e conectada;
  • Ser Inovadora;
  • Ter Excelência na Gestão;
  • Ser Competitiva e Rentável;
  • Estar Integrada com a Comunidade.

 

O seu lema deveria ser: A Competência, Dedicação e Qualidade

Nomeadamente:

  • A procura constante de processos de inserção dos estudantes do ISPB no mercado de trabalho
  • A Busca da excelência académica.
  • Interligação com o sector produtivo e fortalecimento das parcerias e do diálogo com a sociedade.
  • Indissociabilidade entre o ensino, a investigação e a extensão

O Projecto inicial da Universidade de Benguela – UB, previa o seguinte Faseamento da entrada em funcionamento de vários cursos:

Núcleos (Departamentos)

Duração dos cursos

Localização

Cursos a criar e a lançar

OBS - nº alunos/ turma

1ª fase

2ª fase

(de 2005 a 2009)

(de 2009 a 2013)

Núcleo de Economia e Gestão

4 anos

Benguela

Economia e Gestão

 

50

Núcleo de Engenharia

4 anos

 

 

 

 

a) Electrotécnica

 

Benguela

Ramo Informática

 

40

 

Benguela

Ramo Telecomunicações

 

 

 

Benguela

Ramo Electrónica

 

 

b) Mecânica

 

Lobito

 

Ramo Petróleos

 

 

Lobito

 

Ramo Gás Natural

 

c) Civil

 

Lobito

 

Engenharia Civil

 

Núcleo de Administração Pública

4 anos

Benguela

Adm. do Território

 

60

 

Benguela

Adm. Escolar

 

 

 

Benguela

 

Adm. Hospitalar

 

Núcleo de Ed. Especial e Ciências do Desporto

4 anos

Benguela

Educação Especial

 

40

 

Benguela

 

Educ. Física e Desporto

 

 

Benguela

Educ. Infância e Social

 

 

 

Benguela

(Form. Prof. Ensino Reg.)

 

 

Núcleo de Arquitectura e Urbanismo

5 anos

Lobito

 

Arquitect. e Urbanismo

 

Núcleo de Direito

5 anos

Benguela

 

Direito

 

Núcleo de Ciências Agrárias

6 anos

Lobito

 

Veterinária

 

Núcleo de Ciências da Saúde 

3 a 4 anos

Benguela

 

Enfermagem

 

6 anos

Benguela

 

Medicina

 

Núcleo de Ciências do Mar

4 anos

Lobito

 

Ciências do Mar

 

 

Analisando este primeiro Plano de Desenvolvimento Institucional – PDI, como actualmente se designa, podemos verificar que a UB deveria criar faseadamente nove núcleos ou departamentos das futuras unidades orgânicas ou faculdades distribuídas pelos dois municípios principais da Província de Benguela, Benguela e Lobito prevendo-se a sua expansão e em que no Lobito ficariam localizados os núcleos de Engenharia Civil e Engenharia de Petróleos, Ciências Agrárias e Ciências do Mar.

Entregue o projecto a PEA iniciou a construção das estruturas físicas da UB para que pudessem ser avaliadas e vistoriadas pelos técnicos do Ministério da Educação. Essa visita ocorreu em Outubro de 2006, quando já estavam prontos os quatro pavilhões (hoje: Edifícios B, C, D e E) e, em fase terminal, os Auditórios.

O nascimento do ISPB

            Por aparentes razões de organização do ensino superior, todo esse processo veio a atrasar-se, pois nesse ano só foram aprovadas IES de Luanda, algumas sem qualquer estrutura física iniciada e ficaram por aprovar vários projectos de instituições de ensino superior nas províncias de Benguela (UB), Huambo e Huíla, para serem aprovados em posterior calendarização

            A PEA estava pronta a arrancar com a UB, as instalações em acabamento e os investimentos a necessitarem de avançar com risco de se perderem definitivamente. Por isso se decidiu avançar com um Ano Zero em Maio de 2007 para se iniciar com os cursos previstos das áreas de saúde, engenharia e administração do território.

No ano Zero matricularam-se 242 alunos o que foi muito mais do que o esperado. Assim distribuídos:

NÚMERO DE MATRICULADOS

PÓS LABORAL

140

REGULAR

102

 

242

 

PROVENIÊNCIA POR RESIDÊNCIA

BENGUELA

163

LOBITO

68

CATUMBELA

9

BAIA-FARTA

2

 

242

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

MATRICULADOS POR CURSO

TELECOMUNICAÇÕES

21

ELECTROTÉCNICA

64

INFORMÁTICA

21

ENFERMAGEM

33

ANALISES

40

FISIOTERAPIA

12

MED DENTÁRIA

13

ADM. GES. TERRITÓRIO

38

 

242

Transitaram para o 1º ano 179 alunos.

Em 2008 a PEA decidiu continuar com o projecto UB, que apesar de não haver um reconhecimento oficial e por não haver nenhuma explicação lógica do não reconhecimento, seria um desastre financeiro não continuar e, principalmente, significaria falta de confiança no projecto que cumpria todos os requisitos exigidos inclusive os que a vistoria ministerial tinha apontado.

A experiência do início da actividade lectiva, levou a uma reformulação do Plano de Desenvolvimento e de faseamento da abertura dos cursos, tendo em vista as possibilidades efectivas da abertura dos primeiros cursos da Primeira Fase, devido à cooperação efectiva que a CESPU trouxe ao Projecto, principalmente nos cursos de saúde, o que dava mais solidez à programação. Assim decidiu-se pelo quadro de faseamento seguinte:

Quadro de faseamento da entrada em funcionamento dos cursos previstos

         

Departamentos (Núcleos)

Duração dos cursos

Cursos a criar e a lançar

1ª fase

2ª fase

3ª fase

2008

2009

(2010 a 2015)

Ciências Económicas e Administração Pública

4 anos

Admin. e Gestão do Território

 

 

4 anos

 

Economia e Gestão

 

4 anos

Admin. Escolar

 

4 anos

Admin. Hospitalar

 

4 anos

Rec. Humanos

 

Engenharia

4 anos

Informática

 

 

4 anos

Telecomunicações

 

4 anos

Electrónica

 

Engenharia de Petróleos

 

4 anos

 

Petróleos

 

4 anos

 

Gás Natural

Engenharia Civil

4 anos

 

 

Engenharia Civil

Arquitectura e Urbanismo

6 anos

 

 

Arquitectura

Ciências da Educação

4 anos

 

Educação Especial

 

4 anos

Educação Física e Desporto

 

4 anos

 

Educ. Infância e Social

4 anos

 

(Form. Prof. Ensino Reg.)

Ciências Jurídicas

5 anos

 

Direito

 

Ciências e Tecnologias de Saúde

4 anos

Enfermagem

 

 

5 anos

Medicina Dentária

 

 

4 anos

Análises Clínicas

 

 

4 anos

Fisioterapia

 

 

4 anos

 

Farmácia

 

4 anos

 

 

Prótese Dentária

6 anos

 

 

Medicina

Ciências do Mar

4 anos

 

 

Ciências do Mar

4 anos

 

 

Biologia Marítima

   

8

17

26

 

A UB iniciou, então em 2008 com uma matrícula de 460 alunos, nos 8 cursos que estavam decididos para a Primeira Fase e continuou a crescer consolidadamente nos anos seguintes:

ALUNOS TOTAIS POR ANOS E CURSOS DA UNIVERSIDADE DE BENGUELA – UB

Cursos

2008

2009

1º ANO

TOTAL

1º ANO

2º ANO

TOTAL

Administração e Gestão do Território

84

84

113

73

186

Engenharia Informática

49

49

47

31

78

Engenharia Electrónica

90

90

25

65

90

Engenharia de Telecomunicações

49

49

31

28

59

Fisioterapia

53

53

89

105

194

Enfermagem

35

35

52

22

74

Análises Clínicas

67

67

84

89

173

Medicina Dentária

33

33

39

41

80

TOTAL

460

460

480

454

934

 

O ano de 2009 foi um ano muito importante. Apesar de não haver um reconhecimento oficial do Ministério de tutela, as instalações da UB foram alugadas pelo Governo Provincial de Benguela, para o estado poder abrir a Faculdade de Medicina, no âmbito da reorganização que o Ensino Superior Estatal levava a cabo com a criação da Universidade estatal, Katyavala Bwila.

Para a PEA era o reconhecimento de que não havia do ponto de vista das estruturas físicas, nada que obstasse a continuidade do projecto UB.

Nesse ano foi também publicado o Decreto 90/09 de 15 de Dezembro que até hoje regula o funcionamento do Ensino Superior em Angola. É este decreto que define as regras de implementação do Ensino Superior e que não permite que a UB persista pois condiciona o surgimento de mais Universidades privadas, sendo apenas autorizados a criação de Institutos Superiores, chamados politécnicos.

Entretanto em 2010 a UB[1] consolidava os seus cursos:

Cursos

2010

1º ANO

2º ANO

3º ANO

TOTAL

Administração e Gestão do Território

60

70

57

187

Engenharia Informática

21

35

22

78

Engenharia Electrónica

11

17

39

67

Engenharia de Telecomunicações

32

19

23

74

Fisioterapia

69

90

48

207

Enfermagem

27

44

17

88

Análises Clínicas

45

82

56

183

Medicina Dentária

47

39

27

113

TOTAL

312

396

289

997

 

Em 2011, por fim, o Ministério decidiu reconhecer, não a Universidade de Benguela – a UB, mas em seu lugar, o Instituto Superior Politécnico de Benguela – ISPB com o Decreto Executivo 109/11 de 5 de Agosto.

A política estatal para o Ensino Superior dava assim o sinal de que não reconheceria mais nenhuma Universidade privada e que todos os projectos privados passavam a Institutos Politécnicos, sem no entanto haver uma distinção entre ensino Politécnico e ensino geral. O que até aos dias de hoje não existe. 

            Com este reconhecimento chegava ao fim a situação difícil da própria existência do Projecto da PEA e viabilizava a sua continuidade, apesar dos prejuízos entretanto acumulados que uma situação de incerteza de um projecto empresarial privado acarreta, principalmente em termos de viabilidade económica e de credibilidade empresarial.

            Nesse ano, quatro Cursos atingiam o fim do seu ciclo de formação, Administração e Gestão do Território, Fisioterapia, Enfermagem e Análises Clínicas:

Cursos

2011

1º ANO

2º ANO

3º ANO

4º ANO

TOTAL

Administração e Gestão do Território

30

43

59

52

184

Engenharia Informática

13

15

20

12

60

Engenharia Electrónica

7

5

19

28

59

Engenharia de Telecomunicações

18

13

17

19

67

Fisioterapia

31

55

81

347

214

Enfermagem

66

21

38

16

141

Análises Clínicas

68

41

75

56

240

Medicina Dentária

32

35

35

20

122

TOTAL

265

228

344

250

1087

O ISPB licenciava assim os primeiros 134 estudantes, sendo 30 do Curso de Administração e Gestão do Território, 51 de Análises Clínicas, 11 de Enfermagem e 42 de Fisioterapia. No ano de 2013 licenciaram-se os primeiros 12 Médicos Dentistas do ISPB e também os primeiros licenciados nessa especialidade em Angola.

HISTORIAL - LICENCIADOS - ISPB

CURSO

2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

TOTAL

Admin e Gestão do Território

30

9

25

10

12

10

22

25

143

Análises Clínicas

51

51

30

33

34

66

84

58

407

Enfermagem

11

31

19

32

48

105

165

115

526

Engen Telecomunicações

 

6

6

9

11

7

17

15

71

Engenharia Electrónica

 

16

4

4

6

10

3

5

48

Engenharia Informática

 

1

6

5

6

8

8

5

39

Fisioterapia

42

65

50

24

30

32

33

21

297

Gest. Recursos Humanos

 

 

 

 

31

25

42

46

144

Medicina Dentária

 

 

12

30

22

18

22

30

134

TOTAIS

134

179

152

147

200

281

396

320

1809

 

O reconhecimento destes cursos foi publicado a 10 de Janeiro de 2012, pelo Decreto Executivo nº 16/12.

Os novos cursos do ISPB, aprovados pelo Decreto Executivo 258/16 de 15 de Junho de 2016, nomeadamente:

- Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos iniciou em 2012 com 97 alunos matriculados;

- Licenciatura em Gestão de Empresas iniciou em 2016 com uma turma de 33 alunos

- Licenciatura em Ciências de Educação iniciou em 2018 com 190 alunos

- Licenciatura em Gestão do Ambiente iniciou em 2019 com 58 alunos

A evolução das matrículas no ISPB tem sido prova do reconhecimento do seu esforço em prol da qualidade do ensino, da dedicação dos professores e do trabalho abnegado dos seus funcionários, do seu espírito de equipa, que faz do ISPB uma IES de verdadeiro carácter nacional com alunos vindos de províncias tão díspares como de Cabinda, Luanda ou as Lundas, para além dos vizinhos Kuanza Sul, Huambo e Bié.

 

Ano Curricular

Ano Lectivo 2012

Ano Lectivo 2013

Ano Lectivo 2014

Ano Lectivo 2015

Ano Lectivo 2016

Ano Lectivo 2017

Ano Lectivo 2018

Ano Lectivo 2019

I Ano

683

646

992

803

691

745

1343

2497

II Ano

240

537

480

698

538

480

567

979

III Ano

219

231

448

414

490

400

424

484

IV Ano

317

252

241

446

446

444

403

474

V Ano

72

86

67

57

57

72

81

104

VI Ano

0

22

38

23

23

37

51

48

Total

1531

1774

2266

2441

2245

2178

2869

4586

O compromisso do ISPB com a comunidade e o desenvolvimento social

Desde o início do projecto UB que os promotores consideraram fundamental a interligação do ensino universitário com o sector produtivo e vital para a sua plena realização, o diálogo com a sociedade em que se insere, comummente designado por extensão do ensino á comunidade. Para isso existem várias formas e cada uma deve ser procurada nas condições próprias do desenvolvimento das instituições. Com o desenvolvimento dos cursos de saúde e a necessidade dos laboratórios, a partir de 2008, criou-se uma forte possibilidade de se iniciar essa participação, ao criar-se, em 2008, o LCI – Laboratório Clínico e Industrial, como apoio ao curso de Análises Clínicas, para poder servir não só a UB, mas fornecer serviços à população. Da mesma forma se agiu com a clínica dentária adstrita ao Curso de Medicina Dentária que em 2012 deu origem ao CREO – Centro de Reabilitação Estética e Oral.

Estas duas unidades tornaram-se autónomas do ISPB - com a criação deste - mas estão interligadas na prestação dos serviços educativos e da formação dos profissionais de saúde que o ISPB se orgulha de formar.

Por outro lado, os Cursos de Saúde têm sido muito activos nas campanhas de sensibilização das populações para os cuidados primários de saúde e nas chamadas feiras de saúde que se organizam nas zonas urbanas.

Outra das áreas que o ISPB tem procurado reforçar é a sua área da investigação científica, com a participação em alguns projectos a nível da saúde. Desde logo se direccionaram os trabalhos de fim de curso dos alunos, para a realidade que os rodeia e em 2017 iniciou-se a realização anual das Jornadas Científicas do ISPB, precedidas por Jornadas dos Departamentos, tornando-se cada vez mais uma prática normal do processo de ensino/aprendizagem.

O ISPB tem procurado estabelecer e fortificar parcerias internacionais que possibilitem aos seus estudantes possibilidades de acesso a pós-graduações e estágios, mas também possibilite o crescimento e desenvolvimento institucional do ISPB. Para além da parceria privilegiada com a CESPU, o ISPB assinou acordos com universidades portuguesas como Aveiro, na área de criação de estágios, Minho, onde se encontram mestrandos do ISPB e UTAD, para desenvolvimento de cursos na área de agricultura e zootecnia.

No âmbito deste esforço o ISPB orgulha-se de ser fundador da RACS – Rede Académica das Ciências de Saúde da CPLP.

 

* Texto elaborado por Alice Cabral e Mário Rui Duarte


[1] Até á sua aprovação definitiva continuou-se a chamar UB!